Críticas

Paulo Ramos Derengoski
Jornalista e Escritor | Lages-SC

Nos dias de hoje, Adilson Guanabara é um dos melhores pintores que retrata sob o véu diáfano da fantasia – a figura delicada da mulher... Pois uma das coisas mais difíceis – e raras – na pintura é encontrar o Artista que valorize, personifique e enalteça a mais bela que existe na natureza, que é o corpo feminino.

Na maior parte das vezes, a visão do pintor com relação a mulher é triste, obsessiva, seca, cruel e até deformante e agressiva. Guanabara não, suas mulheres são doces e envolventes, dolentes e indolentes, sensuais e belas, limpas, quase perfumadas, cercadas de cores quentes e leves véus de mistério. De muito mistério! Pois afinal o mistério é o elemento fundamental de toda obra de arte... Extremamente decorativo, sem ser “decorativista”, Guanabara utiliza uma técnica limpa e de grande vivacidade multicolorida...

Catarinense de Bom Retiro, vivendo há muito em Lages, ele é hoje um pintor maduro e cosmopolita que poderia expor suas obras em qualquer Galeria do Rio de Janeiro, São Paulo, Paris ou Nova Iorque, porque superou as teias do regionalismo barato. Seus quadros, especialmente os das mulheres, poderiam decorar qualquer ambiente, especialmente os elegantes e requintados, aqueles que sugerem ternura, próximos da intimidade e do calor humano. Num mundo em crise como o de hoje, cuja pintura se volta para a decadência e o lixo, a pintura de Guanabara chega a lembrar o traço aristocrático do grande Modigliani de um Kleist.

Dia chegará, tenho certeza, que a pintura de Adilson Guanabara, que já vem sendo disputada por colecionadores, haverá de figurar – no Brasil e no exterior – como uma das melhores entre todas. Pela elegância de seu traço, pelas cores envolventes, pela sensualidade visionária.

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